sábado, 22 de novembro de 2008

BLACULA 1972 : WILLIAM MARSHALL

"El vampiro negro ataca en las tinieblas de la noche sus hermanos de sangre y mujeres fragiles..."
(Marcos. T. R. Almeida)

Entrando-se de filmes raros sobre vampiros ou sobre o próprio rei dos não mortos o conde Dracula, imortalizado na história, na literatura, nos quadrinho e no cinema, surgiu um gênero bastante curioso na década de setenta, com um estilo criativo do tipo "blackxplotation" de grande valor. Com a retomada da cultura africana em nosso país, e o reconhecimento da consciência negra como fator expressivo da manifestação cultural de um povo, um filme que afirma esse princípio ficou conhecido como "Blacula, o vampiro negro", piorneiro do gênero, original e transgressor dos valores associados ao culto do vampirismo e afirmou aquela frase escrita por uma das autoridades máximas do culto vampírico no mundo, Jorg Gordon Neltom : "todos os povos da terra tem sua lendas sobre vampiros"

Em Blacula o tema ficou perfeito, a adaptação com os ícones da cultura negra, dos guetos, foi uma excelente integração alcançada pela produtora, Warner Brothers .
A criação de um representante negro, entre os vampiros foi elaborada pelo diretor William Craim e o roteiro escrito por Joan Torres e Raymond Koening .
Quase todas as partes deste filme foram rodadas em Watts, gueto negro da periferia da cidade de los Angeles, exatamente em locais onde já houveram muitos distúrbios de origem racial e não faltou cautela nesta produção!
O ator principal William Marshall, imponente por sua estatura alta, ombros largos e vastíssimo repertório de atuação em peças de Shakespere, deu boa dignidade ao papel do vilão de capa preta, fazendo suas vitimas morrerem ao seus ataques dematofagos.
Tudo começa quando o príncipe de uma grande nação negra de nome Mamhohald e sua amada a princesa Luca interpretada por Vonetta Mcgee vão ao castelo do conde Dracula da Transilvania negociar com ele a petição do fim da escravidão, ao invés de Dracula assinar aprovando este pacto, ele insulta o príncipe negro Mamhohald, insinuando que sua esposa Luva, com sua provocante senxualidade de mulher negra, que ela é muito agradável e completaria seu haren de mulheres!
Apos a ofensa, inicia-se uma luta dentro do castelo, e o príncipe negro é condenado e amaldiçoado por Dracula, confinado numa Kripta subterranea, ele é trancado dentro de um atau preto sobre severa sentença: " Estará para sempre condenado a dormir de dia e não ver a luz do sul e beber o sangue dos vivos, seras chamado BLACULA!"
O filme segue um bom roteiro de terror, aliás muito bom para a época em que foi produzido e exibido, explorando bem a agitada e badalada vida noturna destes guetos negros de grandes cidades norte-americanas, a trilha sonora composta por: Wally Homes, mistura bem o ritmo soul com a atmosfera noturna do terror, deixando visível a idéia central da película, que era mesmo mostrar a cultura e a consciência negra destes bairros poucos conhecidos no mundo.
O roteiro tem a seqüência esperada, dois decoradores, colecionadores de antiquários compram um tempo depois para o século atual, todas as relíquias do castelo de Dracula e a partir daí, apos violação do ataude Blacula retornar de novo ao mundo.
O vampirismo se espalha e muitas vítimas vão aparecendo mortas sem sangue, com graves perfurações no pescoço, Blacula procura uma bela jovem de nome Tina, aliás muito parecida com sua antiga companheira a princesa Luva!
Em sua nova residência ele precisa achar meios que escondam sua verdadeira natureza, usando ainda o mesmo nome que tinha, Mamhohald ele se sobressai agindo na vida noturna.
O vampirismo é presente e muito forte no filme todo, e isso fica comprovado com a série de vítimas de Blacula e também se tornam vampiros, e a presencia desta atmosfera de terror esta impregnada no filme todo, também os figurinos e o cenários saíram excelentes e isso retoma aquela idéia de que na década de setenta se faziam bons filmes de terror com forte dose de nostalgia, tudo vem adaptado para um roteiro inovador e pioneiro no gênero.
No final do filme, quem aparentemente destrói Blacula são os fatais raios solares transformando o vampiro em uma caveira repleta de vermes, até se tornar um esqueleto envolto na capa preta. Recentemente em onze de junho de 2003 o cinema ficou de luto com a morte do ator principal, William Marshall que no final de sua vida´já vinha sofrendo com serias complicações da maldita doença chamada "Mal Alzheimer !"

William Marshall porem atingiu sua imortalidade, pois foi ele que representou "BLACULA, o vampiro negro", esta película foi tão importante para história do cinema de horror, que no ano seguinte a produtora já estava gravando "SCREEM, BLACULA SCREEM" 1973, devido ao sucesso inovador relacionado ao tema macabro do vampirismo que jamais se esgota.