sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

JESS FRANCO: O REI DO CINEMA EUROPEU DE TERROR

Jess Franco nasceu no dia 12 de maio de 1930 na Espanha, e desde muito jovem sempre se dedicou as belas artes primeiro como escritor talentoso, depois fotografo, ator e por fim diretor e roteirista de filmes bem conceituados, entre tanto sem nunca ter encontrado grande reconhecimento e sucesso comercial, não desistiu de seu trabalho e passou a se dedicar intensamente ao mundo do cinema, tornou-se diretor conceituado de filmes Trasch devido ao seus inúmeros filmes de horror terem uma boa dose de cenas de sexo e nudez com as mais lindas atrizes, sua produção foi intensa nos períodos dos anos 60 ate 80 e de lá pra cá não parou de produzir mais apenas diminuiu o ritmo sem jamais perder seu estilo e qualidade, foram mais de 200 filmes produzidos ao longo de sua carreira trabalhando neles alem de terror, outros mais variados géneros.
Atrizes consagradas fazem partes de seus filmes, todas esteticamente belas, de uma beleza natural e não é a toa que ele sempre escolheu temas polémicos em seus filmes investindo de forma simples em cenas bem exóticas, excitantes com um pouco de violência, sem nunca perder o sentido original de sua obra.
O lesbianismo sempre presente nas obras do diretor é marca registrada da sua originalidade, abusou de forma livre de um tema que ate hoje em pleno século 21 ainda é grande tabu moralista para os mais atrasados, que contam com a maioria no mundo, um exemplo de sua genialidade e ousadia, marca registrada de sua obra é Vampyrus Lesbos, Pesadelos Noturnos, Conde Drácula, Ela Matou em Êxtase, Faceless etc..
O Universo de Jess Franco é complexo, infinito e não dá para medir a dimensão de sua grande obra, que tem sempre um fundo artístico de grande reconhecimento mundial em obras clássicas da literatura universal, alem de profundo conhecedor de obras conceituadas de escritores Europeus, ele ultrapassou o conceito tradicional de adaptação usando uma linguagem própria para dar vida e movimento as obras que ele estudou e adaptou em película.
Ele de vez em quando aparece atuando em pontas de cena de seus próprios filmes sempre falando pouco e agindo de forma psicotica contracenado sempre com belas atrizes e se fingindo de louco.
Jess Franco tornou-se ao longo de sua carreira o principal ícone de referencia aos filmes B e Trasch alem de eternizar o horror erótico por toda Europa seus filmes chocaram os mais puritanos e os leigos continuaram sem entender nada de sua obra devido sua linguagem artística complexa que exige do espectador atenção e conhecimento.
Trabalhou duro somente com atores consagrados como Jack Palace, Christopher Lee, Klaus Kinski, Howard Vernon, Soledad Miranda, Lina Romay, Paul Miller, Eva Stromberg, Laura Geinser etc...
Jess Franco se junta ao grupo de Joe Damato, Ruggero Deodato, Jorge Romero, Lucio Fulci e Jorge Buttgereit entre outros titãs de filmes de horror erótico, deixando sua marca registrada na história do cinema.

sábado, 22 de novembro de 2008

BLACULA 1972 : WILLIAM MARSHALL

"El vampiro negro ataca en las tinieblas de la noche sus hermanos de sangre y mujeres fragiles..."
(Marcos. T. R. Almeida)

Entrando-se de filmes raros sobre vampiros ou sobre o próprio rei dos não mortos o conde Dracula, imortalizado na história, na literatura, nos quadrinho e no cinema, surgiu um gênero bastante curioso na década de setenta, com um estilo criativo do tipo "blackxplotation" de grande valor. Com a retomada da cultura africana em nosso país, e o reconhecimento da consciência negra como fator expressivo da manifestação cultural de um povo, um filme que afirma esse princípio ficou conhecido como "Blacula, o vampiro negro", piorneiro do gênero, original e transgressor dos valores associados ao culto do vampirismo e afirmou aquela frase escrita por uma das autoridades máximas do culto vampírico no mundo, Jorg Gordon Neltom : "todos os povos da terra tem sua lendas sobre vampiros"

Em Blacula o tema ficou perfeito, a adaptação com os ícones da cultura negra, dos guetos, foi uma excelente integração alcançada pela produtora, Warner Brothers .
A criação de um representante negro, entre os vampiros foi elaborada pelo diretor William Craim e o roteiro escrito por Joan Torres e Raymond Koening .
Quase todas as partes deste filme foram rodadas em Watts, gueto negro da periferia da cidade de los Angeles, exatamente em locais onde já houveram muitos distúrbios de origem racial e não faltou cautela nesta produção!
O ator principal William Marshall, imponente por sua estatura alta, ombros largos e vastíssimo repertório de atuação em peças de Shakespere, deu boa dignidade ao papel do vilão de capa preta, fazendo suas vitimas morrerem ao seus ataques dematofagos.
Tudo começa quando o príncipe de uma grande nação negra de nome Mamhohald e sua amada a princesa Luca interpretada por Vonetta Mcgee vão ao castelo do conde Dracula da Transilvania negociar com ele a petição do fim da escravidão, ao invés de Dracula assinar aprovando este pacto, ele insulta o príncipe negro Mamhohald, insinuando que sua esposa Luva, com sua provocante senxualidade de mulher negra, que ela é muito agradável e completaria seu haren de mulheres!
Apos a ofensa, inicia-se uma luta dentro do castelo, e o príncipe negro é condenado e amaldiçoado por Dracula, confinado numa Kripta subterranea, ele é trancado dentro de um atau preto sobre severa sentença: " Estará para sempre condenado a dormir de dia e não ver a luz do sul e beber o sangue dos vivos, seras chamado BLACULA!"
O filme segue um bom roteiro de terror, aliás muito bom para a época em que foi produzido e exibido, explorando bem a agitada e badalada vida noturna destes guetos negros de grandes cidades norte-americanas, a trilha sonora composta por: Wally Homes, mistura bem o ritmo soul com a atmosfera noturna do terror, deixando visível a idéia central da película, que era mesmo mostrar a cultura e a consciência negra destes bairros poucos conhecidos no mundo.
O roteiro tem a seqüência esperada, dois decoradores, colecionadores de antiquários compram um tempo depois para o século atual, todas as relíquias do castelo de Dracula e a partir daí, apos violação do ataude Blacula retornar de novo ao mundo.
O vampirismo se espalha e muitas vítimas vão aparecendo mortas sem sangue, com graves perfurações no pescoço, Blacula procura uma bela jovem de nome Tina, aliás muito parecida com sua antiga companheira a princesa Luva!
Em sua nova residência ele precisa achar meios que escondam sua verdadeira natureza, usando ainda o mesmo nome que tinha, Mamhohald ele se sobressai agindo na vida noturna.
O vampirismo é presente e muito forte no filme todo, e isso fica comprovado com a série de vítimas de Blacula e também se tornam vampiros, e a presencia desta atmosfera de terror esta impregnada no filme todo, também os figurinos e o cenários saíram excelentes e isso retoma aquela idéia de que na década de setenta se faziam bons filmes de terror com forte dose de nostalgia, tudo vem adaptado para um roteiro inovador e pioneiro no gênero.
No final do filme, quem aparentemente destrói Blacula são os fatais raios solares transformando o vampiro em uma caveira repleta de vermes, até se tornar um esqueleto envolto na capa preta. Recentemente em onze de junho de 2003 o cinema ficou de luto com a morte do ator principal, William Marshall que no final de sua vida´já vinha sofrendo com serias complicações da maldita doença chamada "Mal Alzheimer !"

William Marshall porem atingiu sua imortalidade, pois foi ele que representou "BLACULA, o vampiro negro", esta película foi tão importante para história do cinema de horror, que no ano seguinte a produtora já estava gravando "SCREEM, BLACULA SCREEM" 1973, devido ao sucesso inovador relacionado ao tema macabro do vampirismo que jamais se esgota.

A MALDIÇÃO DA LUA CHEIA

"ESCUCHEM LOS HIJOS DE LA NOCHE, LA MUSICA TRISTE QUE PRODUCEN COMO UN LAMENTO POR LA SOLEDAD"
DRACULA DE BRAN STOCKER

Acredito profundamente e agora eu sei que eu não estou enganado, que eu fui um dos poucos que tiveram a oportunidade única de ter visto na rede record um dos filmes de lobisomem mais originais e bem feitos de todos os tempos, que foram passados na tv, foi somente a partir deste filme que pude comparar o quanto a universal filmes deixou muito a desejar na produção de o lobisomem com o Lon Chaney, onde infelizmente o lobisomem aparece muito pouco, pois tinha tudo para ser o melhor filme por ter sido estreado com o genial ator pioneiro do gênero.
O filme do qual estou falando chama-se "A maldição da lua cheia" e é tão assustador que chega a causar pesadelos!Duvidam? Pois bem, eu mesmo na época que assisti, apos sua projeção fui atormentado a noite toda por horríveis pesadelos e febre, que causou em mim delírios terríveis, um medo angustiante invadi-o a minha alma e só pude me livrar de tudo isso ao clarear o dia, uma experiência terrível para mim que deveria ser lembrada neste artigo.

A película foi produzida na América em clima de montanhas, rios, florestas, local afastado da cidade e logo no início pai e filho que estão no rancho deserto são atacados pelo lobisomem, a principio apos luta brutal o pai do garoto consegue vencer o monstro que cai numa ribanceira indo parar empalado em uma estaca de madeira pontiaguda lá em baixo...
O pai mordido gravemente pelo lobisomem, volta para a cidade com o filho na casa da sua ex-esposa pois são separados (típica família que vive o melodrama do divorcio e o filho fica um tempo com o pai e outro com a mãe)o mês passou e na semana próxima de lua cheia ambos voltam para o rancho nas montanhas e é ai que a maldição se consolida de forma terrível, o pai carrega agora em seu corpo e alma a maldição do lobo feroz que o transforma em algo cruel, maligno e perverso, seu filho não faz idéia deste horror mal sabe que é seu próprio pai o monstro que poderá mata-lo e devora-lo vivo em sua busca por saciar seus instintos primitivos.

Perseguido o menino corre em mata dentro em plena escuridão, tem apenas a lua cheia por testemunha e lobisomem faz as suas primeiras vitimas ao passar no meio de uma estrada em onde carros circulam a noite e dois gravíssimos acidentes ocorrem em conseqüência da aparição do lobisomem no meio da pista, em seguida ele ataca o infeliz motorista de um dos carros enquanto que o outro cai numa ribanceira e pega fogo! Desesperado o garoto foge errante por mais de três km, distante do rancho ele encontra trailer onde estão um casal de namorados aventureiros, ali procura proteção e ajuda " tem um lobisomem por ai" argumenta o garoto ao ser atendido pelo rapaz. È tudo muito fantasioso afinal crianças e adolescentes produzem no imaginário muitos monstros frutos de seu desamparo e medo mas ali o garoto chorando mostrava estar bastante assustado com algo real.
No dia seguinte encontram-se com o pai, já na sua forma normal porem um pouco abatido, próximo dali uma comunidade hippie esta acampada, são fanáticos, uma especie de seita gospel cristã, alienados absolutamente aos dogmas convencionais, e aos chavões especulativos da bíblia, não podendo estar libertos desses princípios para compreender a totalidade dos fatos, e da verdade da vida.
As autoridades locais investigam os acidentes e as mortes horríveis da noite anterior, com a averiguação no acampamento dos bicho-grilos e não descobre nada, as noites se arrastam e a lua cheia se apresenta majestosa e ao clarão deste luar, os uivos de um lobisomem cortam o silêncio terrificante da noite, este monstro vai até o trailer do casal, que não havia acreditado na "fantasiosa história de horror" contada pelo garoto, e sentem na pele a brutalidade do lobisomem, que faz tombar o veiculo ribanceira a baixo, o casal é morto e a cabeça da moça é arrancada e o lobisomem leva em um saco até o porão do rancho, onde cava um buraco com uma pá, para enterrar de forma instintiva o resto dos molambos!
O menino desconfiado observa toda a ação e descobre que o seu pai é o lobisomem, terrificado ele não tem palavras!
Na volta a cidade conta tudo a sua mãe que também não acredita em sua história, e no mês seguinte, mãe, pai e filho resolvem passar alguns dias e noites juntos no rancho, onde a paisagem indica um contraste de beleza aos olhos do espectador. No meio do percurso parão no acampamento dos hippies para ver como vivem essas comunidades e um fato estranho ocorre o pai não consegue se aproximar do circulo sagrado onde ao centro há uma cruz com um pentagrama... A noite cai rapidamente, mas antes que licantropia faça seus efeitos no ser amaldiçoado o pai pede ao filho que o traque no porão e nesta noite mãe e filho confirmam que é de fato o lobisomem!
Na madrugada, no acampamento dos hippies seu líder lendo a bíblia ouvi uivos e acarda todos do grupo, em seguida o acampamento é atacado e o desespero toma conta de todos, ao raiar o sol o lobisomem perde sua força e volta ao que era.
Nas noites seguintes uma quantidade enorme de pessoas decidem caçar a fera, nas regiões montanhosa e apos uma procura acirrada, o xerife e policias conseguem, alvejar o lobisomem com vários tiros ate ele cair sobre a ponta de uma estaca, mais antes de morrer deixa sua marca e transmite sua maldição, mordendo o braço do seu próprio filho que sera seu herdeiro na próxima lua cheia.
Para aqueles que acham que um dia poderão assistir a esta perolá, desistam pois a copia original se perdeu num antigo incêndio na rede record e o filme nunca foi lançado em dvd no Brasil e muito menos no EUA, e eu é claro também não revelarei, aonde encontrei com muito custo e sorte uma copia particular com legendas em espanhol, "secretos del hombre lobo..."

domingo, 9 de novembro de 2008

O INIMIGO : ALEXANDRE R.



A vida e convivio em sociedade sempre gera infelizmente alguns inimigos, não estamos livres dos invejosos e dos conspiradores, são os traidores de toda a sorte que surgem no caminho da nossa longa jornada, inimigos estão em toda parte, sempre rogando suas pragas !
O filme "O inimigo" de Alexandre R. trabalhou bem o tema e levou o conflito ao extremo, onde o inimigo surge de dentro da própria alma para atormentar seu algoz e desta forma configurar o pesadelo para uma psícotica realidade. Quem é o inimigo? a pergunta parece ficar sem resposta até que o espectro fantasmagorico deste tormento toma forma em uma visão mais expressiva
para a realidade em que vive o personagem central chamado Alexandre, que é atormentado o tempo todo por esse vulto, vestido de casaco preto, cartola e rosto mascarado, empalicido, frio uma mascara sem expressão, um par de luvas nas mãos que seguram um cubo colorido o tempo todo, mas antes mesmo de segurar este brinquedo que simboliza um enigma o espectro atravessa um corredor com uma faca na mão.
Alexandre acorda asusstado pela manhã, suando frio apos ter sonhado com esse inimigo que o tempo todo o atormenta, sua mãe preucupada tenta apoiar seu filho ao perceber que o mesmo passa por uma crise bastante conflituosa que o leva a depressão.
Por trás de tudo isto, desta confusão em sua mente está a maldita droga, pois Alexandre é usuario, e seu efeito em muito deve influenciar ao terriveis pesadelos com vulto enigmatico.
Ele resolve então procurar ajuda com um doutor psiquiatrico, chamado Dr. Vesallius, que o hipnotisa na clínica apos consulta para buscar em seu inconsciente uma resposta ao conflito. O jovem tem amigos e amigas que se reunem em sua casa em para uma festinha, e a conversa filosofica descamba para o uso indevido do alcool e das drogas. Apos a festa, o espectro novamente aparece para ameaça-lo. Quem é você? Porque esta me perseguindo?
Uma cena que merece destaque, foi filmada no sebo do Sr. Rosati em Mauá onde o inimigo do protagonista aparece no meios dos livros, também há uma perseguição por enorme escadarias onde a dinâmica de uma perseguição imaginaria se inícia. Depois de muitos tormentos e muitas reflexões o jovem resolve encarar e enfrentar o inigma desafiando e ameaçando, esse inimigo fantasmagorico em sua próxima aparição, apos estudar um livro complexo sobre interpretação de sonhos, preparado ele vai armado de encontro ao inimigo. O desfecho inevitavel é o grande momento do filme, onde finalmente é desvendado quem é seu pior inimigo!>
O grupo de amigos e amigas que trabalhou no projeto esta de parabéns pelo empenho e dedicação, Alexandre R. ao Lado Lexy Suarez que também e bem conhecido no mundo alternativo, trabalhando juntos de forma armoniosa, atuação técnica de ambos e a competencia fez de o inimigo um curta-metragem de terror bom de ser visto, os cenarios, os personagens envolvidos assim como a fotografia ficaram muito bons. A obra lembra duas histórias arquetipos da líteratura de horror Edgar Allan Poe em um conto chamado "William Wilsom", e também Luiz Stevenson em "O médico e o monstro" onde sempre duas personalidades dentro de um único individuo estão em eterno conflito o tempo todo.

NEKROMANTIK 2 : JORG BUTTGEREIT


" Que a morte seja para ti, que não souber triunfar dos vivos, sua única ventura, e sua única inspiração..."
Palavras Cínicas 1905 ( Albino Forjaz de Sampaio )

A necrofilia, é uma tara muito antiga e esta diretamente relacionada ao primitivo da humanidade, desde a pré-história até o Egito , se arrastando até idade Média aos dias de hoje, como se vê não há nada de novo neste tema escabroso que esta diretamente associado ao instinto primitivo de uma luta inconsciente, terrível entre Eros e Thanatos.É muito comum entre os cães e isso já observei, de se esfregar em carcaça morta de outro animal em decomposição, o cheiro forte de putrefação excita o animal que reage de forma instintiva... o mecanismo olfativo de alguns mamíferos é muito aguçado em especial cães e lobos, já nos seres humanos isso é muito raro de acontecer sendo que existe uma reação instintiva de repulsão absoluta por tudo que esta morto, um desprezo extremo por tudo que diz respeito a morte!
No filme Nekromantik 2 ocorre o contrario, onde uma garota se excita de forma bastante bizarra, e intima com a morte, este é um filme que eu recomendo para todos que como ela tem uma facilidade e uma destreza insuperáveis em lidar tranqüilamente com o tema tão grotesco!
Nekromantik 2 é a continuação perfeita da primeira parte de um filme com o mesmo tema dirigido por Jorg Buttgereit , um clássico do cinema extremo a toda prova 0nde a transgressão moral e o elemento mórbido se fazem presentes!
O cadáver do protagonista do primeiro filme e desenterrado pela sua amante que é interpretada por Monika M., a principio até eu me apaixonei pela rainha nekromantika e cismei na felicidade do seu amante que por ela foi amado em vida e continua desejado mesmo depois de morto, será que existe alguém de sorte tão grande que tenha uma jovem tão linda loucamente apaixonada e que essa paixão se arraste apos a morte?

A cena inicial muito bem feita ao ritmo de uma trilha sonora inédita evoca as entranhas pútridas da asquerosa e nojenta morte, a imagem da desolação, do abandono, da indiferença, da ação do tempo na matéria é perfeitamente captada nesta cena espetacular, feita em um cemitério macabro!
Nekromantik 2 vai muito além da morte, mostra elementos bastantes agregados a ela, de forma simbólica eles completam cada imagem, como por exemplo a imagem de um corvo, lesmas e caracóis, lagartos, etc.
O cadáver melequento mostrado no filme é realmente nojento de uma imagem repugnante, é quando vemos a bela atriz beijando sua boca, aquilo realmente nos causa uma nauseá terrível.
Sua tara não se completa pois ela não consegue chegar ao clímax se esfregando no cadáver que falta ereção então num momento de demência, ela começa desmembrar o corpo dentro de uma banheira , serra suas mãos, a cabeça, e o pênis do infeliz! O novo namorado da musa nekromantika , mal sabe de suas mais profundas fantasias sexuais, e ele não passa de um simples dublador de filmes pornos. Este relacionamento fraco e monótono acabara em algo bastante nefasto para o infeliz, ingenuo moleirão.
A principio Nekromantik 2 era um filme proibido e rodado raramente em pequenos festivais de horror organizados na Alemanha e em outros países da Europa, mais eram eventos de cinema bem isolados, as copias em VHS se espalharam e começaram a causar espanto e admiração a todos os apreciadores do gênero horror trash.A estética do diretor Jorg Buttgereit, é bastante simbolista de uma revolta extrema, uma resposta a altura de tudo de ruim que a vida nos apresenta, o grotesco explicito trabalhado dentro de uma idéia, com uma narrativa rica em detalhes de fotografias perfeitas, este filme o único no gênero para a época tornou-se um ícone de referência, o diretor foi proibido durante um tempo de produzir filmes e sempre tratavam de temas fatalmente ligados ao universo da morte.
Mas não podemos esquecer que a necrofilia foi muito explorada na literatura byroniana e na arte do séc. XVII, basta lembrar autores como: Byron, Mary Shelley, Bran Stoker, entre outros. Ela foi levada ao cinema como muita ousadia coragem e naturalidade, mas este filme não é recomendado para os que tem estomago fraco, idéias demasiadamente ingenuas, e pessoas completamente adestradas moralmente pelo dogma da religião cristã, todos estes esquecem esta película maldita, posto que para eles nada poderá ser acrescentado ao se deparar com o espetáculo extremo de zombaria e escarnio com a morte crua.
Gosto deste filme e confesso que não me faz mal nenhum, mas isso não quer dizer que eu aprove ou desaprove esta obra, acho apenas que foi bem filmada dentro do gênero escolhido, onde um olhar mais penetrante foi bem captado pelo diretor.
Como não há nada de novo dentro do tema, o que vale é o olhar do artista e do espectador que sabe fazer sua boa interpretação e leitura, Nekromantik 2 é isso um terror com excessiva dose de morbideza e de intimidade sexual com a velhaca e fedorenta morte!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Soledad Miranda a Musa Vampira








Aqui registro minha homenagem e minha declaração de amor necromantico a bela atriz que culto e admiro não somente pela beleza ideal, mais pelo seu potencial de atriz de filmes de terror sendo ela a mulher vampiro por exelencia!















Soledad Miranda seus negros cabelos me fascinam, seu rosto de vampira lésbica me domina absolutamente, é como se uma paixão desenfreada seguida daquele febril estremecimento me possui-se, nela eu encontro e reconheço tudo aquilo q um homem como eu esta destinado a amar, minha musa predileta, absoluta!

Eu entro em êxtase ao ver sua atuação perfeita em uma serie de filmes de terror e outros generos que eu tive o privilegio de assistir.


Soledad Miranda também foi musa predileta de um único diretor, chamado Jess Franco, infelizmente a noticia de sua morte deixou seus fãs abalados e o próprio diretor nunca mais se recuperou emocionalmente desta tragédia, um acidente de carro no Estoril matou-a com apenas 27 anos, com sua morte nascia o mito da maior musa do cinema de terror de todos os tempos, a verdadeira e insubstituível rainha do sangue, a mulher vampira!
Sua imagem ideal ficou para lhe dar a imortalidade merecida não tendo outra para substituir, a atriz contracenou com Christopher lee em um filme chamado "El Cont Drácula" em uma das melhores versões já produzidas adaptadas do livro de Bram Stoker.

Ela trabalhou incansavelmente em uma infinidade de películas, mais não é necessário conhecer ou assistir a todos para se convencer de seu inegável talento sedutor, basta assistir apenas um filme para sentir o poder inigualável desta fêmea vampira na tela!


Alguns filmes merecem destaques a saber: Vampyrus Lesbos 1970, Pesadelos Noturnos, Ela matou em êxtase de 1973, Eugenie 1976, Juliette 1970, Sugar Colt 1976, Sex Charade 1970, Comanche Blanco 1968, Currito de la Cruz 1965, Los gatos negros 1964, Valle de las espadas 1963, Bella Mimi 1968, El Cont Drácula 1970, Bochorno 1963, Ursos, etc...

Aqui não esta exposto, nem um terço de todo seu trabalho, mas o suficiente para nascer daqui uma grande paixão, Viva Soledad Miranda, Viva para sempre!








quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Vampyrus Lesbos

"Possas tu, bela amiga, amar e dormir sobre o peito nu de sua linda amante..."

Safo de Lesbos

Um dos melhores filmes dirigido pelo genial Jess Franco é sem duvida nenhuma Vampyrus Lesbos, neste filme existem cinco elementos fortíssimos como evidencia que o classifica como um verdadeiro filme de terror erótico.

A trilha sonora, a presença das duas musas do diretor Soledad Miranda e Ewa Stromberg, o domínio expressivo do lesbianismo erótico, a locação adequada em uma paisagem ideal que no casa é Istambul, o elemento vampírico regado a sangue!

Vampyrus Lesbos é um filme que eu não canso de ver, a musica perfeitamente composta para cenas evoca o exótico e píctoresco das paisagens de Istambul, a beleza da atriz Soledad Miranda da qual alimento meu desejo e minha paixão necromantica pois essa beldade já morreu na vida real em um fatal acidente deixando seus fãs abalados por grande perda! Ela era a mulher vampiro do cinema por exelencia e havia nascido para atuar exatamente neste filme!


Que desculpem os puritanos, conservadores, moralistas e preconceituosos quando o assunto é sexo, pois o grande ideal do diretor deste filme é exatamente as cenas picantes de lesbianismo onde a combinaçaõ e imagem perfeita se juntam quando as duas musas se beijam e fazem amor.

O espetáculo da Countess Nadine Carody ( Soledad Miranda ) na cena inicial com o candelabro de velas em frente ao espelho e o beijo fatal que seduz sua primeira vitima que permanece imóvel como um manequim, a anatomia feminina e a nudez parcial enchem os nossos olhos de uma luxuria sexual reservada somente para a casta eleita da terra, este é o domínio absoluto do poder do eterno feminino em ação.

A dança erótica no ritmo da musica, as roupas intimas e o beijo com sangue que provoca um múltiplo orgasmo permitido apenas a vampira nos transportam ao portal do fascinante e obscuro mundo do vampirismo lésbico!





Não basta serem lésbicas, é necessário juventude e beleza ideal nas duas amantes e o diretor Jess Franco apostou nisso e acertou! Assim o filme transcorre no ritmo e na sedução fatal entre duas fêmeas!

Countess Nadine Carody parece ser uma descendente direta de Drácula e Elizabeth Bathory que tem no sangue feminino o êxtase absoluto do maior prazer, ela mora em uma castelo privilegiado no alto de uma colina em uma ilha e deste reduto ela emana a vibração magnetica mental que atrai a linda e loira Westinghouse para seus domínios...


O moleirão marido desta beldade tem seu castigo merecido e é trocado por uma mulher,sua esposa se deixa levar ate a ilha remota para se encontrar com a Countess Nadine Carody para provar o sabor da luxuria que só outra mulher pode conceber.

Vampyrus Lesbos é um filme de terror com fortes doses de erotismo do qual nenhum mortal sai ileso e Jess Franco colocou todo seu potencial criador neste filme rico em ocultismo e linguagens obscuras cheio de simbologia mística,como por exemplo a presença constante de um escorpião venenoso e uma borboleta presa em uma rede simbolizando a submissão da beleza frágil.


A paisagem ideal de Istambul, antiga Constantinopla que na idade media foi tomada pelos Turcos otomanos conserva ate os dias de hoje os traços arquitetonicos principais que serviram para locações panaromicas nesta película. O mar em seu eterno balanço reflete a luz solar e os barcos no porto se contrastam com a paisagem... Countess Nadine Carody tem o costume de atrair suas vitimas para esta ilha remota em seus domínios, todas são femininas e desta forma ela pode ama-las, curti-las e por fim mata-las se deleitando com seu sangue!


Jess Franco alem de dirigir esta película, também faz uma ponta de cena como ator, sempre em papeis subjetivos, também um personagem chamado Morphus é bastante marcante como criado da Countess Nadine Carody.














O que faz de vampyrus lesbos uma obra tão cultuada é exatamente essa trama que foi adaptada de um outro romance de Bram Stoker, intitulado"O CONVIDADO DE DRÁCULA", é evidente também que o prazer e o desespero de Westinghouse reflectido em seus pesadelos de tentações e luxurias tenha como desfecho uma inigmatica imagem de mulher vampiro e sente algo tão forte por ela que a leva ao orgasmo diversas vezes,tudo isso são elementos que classificam Vampyrus Lesbos como a obra mais significativa da carreira de Jess Franco.